sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ASSIM É DEUS PRA MIM




Nas nossas melhores dores existe sempre uma janela aberta para o Sol. Mesmo quando estamos aguardando, sonolentos, o nascer do dia enjaulados em nossos todavias, há uma semicerrada esperança de que a luz deite força sobre a noite.Deus, para mim, é isso: janela aberta, em madrugada de inverno, aos primeiros raios de sol, de Sol
Quando menininha, Ele tinha barbas longas, brancas, em cachos pequeninos, olhos negros, negríssimos, uma roupa de anjo estranha e um jeito bravo de me olhar, sentado em um trono majestoso e distante.


Com os dias, com as lágrimas e sorrisos, fui me aproximando de Seu trono, até então absurdamente distante de meus afagos.


Hoje, me assento aos Seus pés e conversamos longamente - sobre tudo e sobre todos.Aliás, gostamos mesmo de falar sobre TODOS. Ele fica um pouco impaciente quando quero saber tudo sobre TUDO, mas, quando meus olhos, indagadores por TODOS, miram os Seus - ah! percebo que , assim, meu Amado cede , a contragosto, dizendo : "MENINA, MENINA, DEIXE DISSO..." Mesmo assim, por me conhecer e amar, escancara o Coração e trocamos idéias e sonhos.


Assim é Deus pra mim: um Rei-Amigo que me oferece companhia em Sua mesa - sempre posta com manjares e vinhos pra saciar minha fome e sede. A barba continua longa - apenas, agora, sei que é macia .Os olhos continuam negros mas, acredite!...Estavam muito azuis, ontem, quando precisei de um pouco de céu límpido em minha noite de chuva.Ele ainda usa Sua roupa de anjo. Hoje, acho até que Lhe cai bem - traz um jeito de aconchego e Colo.


E Seu Trono continua ALI - a dois passos de mim , onde sempre esteve.Hoje, contudo, não mais distante de meus carinhos mas, agora, sim, lindamente distante de meus medos.Assim é Deus pra mim : uma janela aberta, no inicio da manhã, quando a noite se despede e a brisa fresca do jardim me acaricia a vida, enquanto o moreno canto do pardal me segreda um recado do Seu coração: "não há nada diferente, minha menina, nada diferente, a não ser a chance de vivermos um novo dia JUNTOS..."

Confie no Amor de Deus


Um pai diz ao filho:
“Eu amei você durante anos. Eu dei o melhor de mim. Mas agora chega.
Desta vez você foi longe demais. Eu quero que você saia da minha casa.

Eu não o amo mais.De hoje em diante, você não é mais meu filho”.
Um namorado diz para a namorada:
“Eu amei você de verdade. Mas agora, depois de nós termos transado, é diferente. Eu já não sinto o que sentia por você. Eu acho que acabou”.

Um treinador diz para o seu time:
“É melhor que vocês se recuperem no jogo de hoje. Se nós não vencemos esta noite, eu não quero nem ver o rosto de você novamente”!

Limites. Condições. Termos.
É muito difícil para os humanos conseguirem amar sem limites.
Por isso fica difícil imaginar um Deus que ama sem limites.
Mas esta é a promessa dele – amar você além de tudo o que você já experimentou aqui na terra. Ele vê as cicatrizes que você tem.

Os pecados que você comete e às vezes em que você o rejeita ferem a Deus. E Ele ainda ama você.
Ele nunca irá expulsar você nunca vai amar e depois abandonar você,nunca vai tirar de você do time. Nós, humanos, simplesmente não podemos compreender um amor sem limites.

Confie nesse amor. Deus vai prová-lo para você.


“Vou curar o meu povo da sua infidelidade e vou amá-los

com todo o meu coração”.

Oséias 14:4.

*A.D.*





Ela voltou...


Volte para casa

A casa pequenina era simples, mas adequada. Consistia de um único cômodo grande e localizava-se em uma rua de terra. Sua cobertura de telhas vermelhas era igual à de várias outras de um bairro pobre na periferia de uma cidade brasileira. Era uma casa confortável. Maria e sua filha, Cristina, haviam feito o que podiam para dar um toque colorido às paredes cinzas e um ar de limpeza ao chão duro e empoeirado: um antigo calendário, uma fotografia desbotada de um parente, um crucifixo de madeira. A mobília era modesta: duas camas toscas, uma pia para lavar o rosto e um fogão de lenha.O marido de Maria morreu quando Cristina ainda era bebê. A jovem mãe, que se recusou obstinadamente a casar-se novamente, conseguiu um emprego para poder criar a filha pequena. E agora, quinze anos depois, o pior já havia passado. Embora o salário de Maria como empregada doméstica não lhe permitisse comprar uma ou outra futilidade, era suficiente para propiciar alimentos e roupas a ela e à filha. Agora, porém, Cristina já tinha idade para conseguir um emprego e ajudar a mãe.Algumas pessoas diziam que Cristina herdara o espírito de independência da mãe. Ela resistia à idéia tradicional de casar-se jovem e de constituir família. Não porque fosse incapaz de conseguir um marido. Sua pele morena e olhos castanhos atraíam um grande número de admiradores à sua porta. Ela possuía um jeito todo especial de jogar a cabeça para trás e contagiava a todos com suas gargalhadas. Possuía também aquela certa magia, inerente a poucas mulheres, que fazem os homens se sentirem reis só por estarem perto delas. Mas era aquele ar de curiosidade que mantinha os rapazes ao alcance de sua mão.Ela dizia sempre que queria conhecer uma cidade grande. Sonhava em trocar seu vilarejo pobre e empoeirado pela vida exuberante da cidade. Aquela idéia deixava sua mãe horrorizada. Maria sempre mencionava a Cristina as dificuldades de se morar em uma cidade grande. "Lá, você vai ser uma desconhecida. Os empregos são difíceis de conseguir, e a vida é cruel. Além disso, se você for morar lá, o que vai fazer para ganhar a vida?"Maria sabia exatamente o que Cristina faria ou teria de fazer para ganhar a vida. Foi por isso que ficou com o coração apertado quando acordou certa manhã e viu a cama da filha vazia. Imediatamente entendeu que Cristina havia partido. E imediatamente decidiu o que deveria fazer para encontrá-la. Colocou algumas roupas em uma sacola, pegou todo dinheiro que possuía e deixou sua casa para trás.A caminho do ponto de ônibus, ela decidiu fazer uma última coisa: tirar uma fotografia. Entrou em um pequenos estúdio, fechou as cortinhas e gastou tudo o que podia em fotografias. Com a bolsa cheia de pequenos retratos em branco e preto, ela entrou no ônibus com destino ao Rio de Janeiro.Maria sabia que Cristina não tinha meios de ganhar dinheiro. Sabia também que a filha era teimosa demais para desistir. Quando o orgulho se choca com a fome, o ser humano é capaz de fazer coisas antes inconcebíveis. Sabendo disso, Maria começou suas buscas. Bares, hotéis, boates, qualquer canto que abrigasse pessoas de rua ou prostitutas. Percorreu todos esses lugares e, em cada um, deixava uma foto sua - pendurada em espelhos de banheiro, pregada em quadro de avisos de hotéis, presa em cabines telefônicas. E, no verso de cada foto, ela escreveu um bilhete.Pouco tempo depois, o dinheiro e as fotografias acabaram, e Maria teve de voltar para casa. Vencida pelo cansaço, ela chorou quando o ônibus começou a longa viagem de volta para seu vilarejo.Algumas semanas depois, Cristina estava descendo a escada de um hotel. Seu rosto jovem tinha um ar de cansado. Seus olhos castanhos não mais brilhavam com a euforia da juventude. Só estampavam sofrimento e medo. As gargalhadas desapareceram. Os sonhos transformaram-se em pesadelo. Como seria bom, ela pensara milhares de vezes, trocar aquele grande número de camas pela segurança de seu leito aconchegante. Porém, em vários sentidos, o seu vilarejo estava longe demais. Quando ela chegou ao pé da escada, seus olhos avistaram um rosto conhecido. Ela olhou mais uma vez, e lá estava, no espelho do saguão, uma pequena fotografia de sua mãe. Os olhos de Cristina começaram a arder, e ela sentiu um aperto na garganta enquanto atravessava o saguão e pegava a foto. No verso estava escrito esse convite irrecusável: "Não importa o que você fez, não importa em que você se transformou. Por favor, volte pra casa."
Ela voltou.

Max Lucado


A Lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro